Depois de muito tempo conseguimos ir ao Kabura. Eu havia ido há muito tempo e a Denise sempre pedia para ir, mas como a lista de restaurantes a visitar é grande, acabávamos adiando.
Havíamos combinado um encontro com a
Yumi e o Zé no Aska, porém as longas filas e atendimento ríspido nos fez mudar de idéia. Após levantar várias opções decidimos ir ao Kabura. Estávamos um pouco receosos devido à última visita a um Izakaya já que o Kabura segue o mesmo estilo.
Chegamos cedo e tivemos que esperar uma vez que o local abre apenas às 19:00hs. Mas a espera foi recompensada por uma ótima comida. A entrada é um pouco sinistra, com uma escada levando até uma porta com uma luz amena. O ambiente faz você pensar que está longe de São Paulo.
Primeiro vieram os otoshis, composto por 4 pequenas entradas. A porção de kimpirá gobô levemente apimentada estava ótima. De todas as entradinhas que normalmente são servidas em alguns restaurantes japoneses, esta é minha preferida.
Havia também um cozido com pequenos pedaços de shitake, daikon, cenoura e tofu preparados no dashi.
Outro que gosto bastante é o de kabotchá. Estava doce e derretendo na boca.
Por fim o de natô com quiabo. Eu não tenho aversão à natô como a Denise e muitas pessoas, mas não é uma coisa que costumo comer. Este até que não estava com o aroma e o sabor muito fortes.
Logo depois passamos para a parte quente. A Yumi estava com vontade de experimentar o Tan no Sumissô desde que viu no blog do Pepino. Nada mais é do que língua de boi fatiada. Nem eu e nem a Denise somos chegados em comidas muito exóticas mas resolvemos ceder aos apelos da Yumi.
A língua é cortada bem fina e parece um rosbife fatiado. O sabor até que é suave, ficando um pouco mais marcante apenas no final. O molho à base de missô com um toque de karashi, ajuda a comer. Gostamos bastante desse molho. Sobre a língua, não é ruim, mas acho que não pediria novamente.
Quase ao mesmo tempo, chegou também a Ika furai. Com uma casquinha crocante e sequinha e a lula super macia, estava ótima.
Logo depois recebemos o Aguedashi Tofu. Este eu já havia comido da última vez e estava com saudade daquele sabor. O tofu frito vem imerso no caldo dashi com katsuobushi, daikon oroshi (nabo ralado) com uma ponta de pimenta por cima e gengibre. Aquele caldo é uma profusão de sabores.
Pedimos também 2 robatas, uma de berinjela e uma de cebola. A de berinjela estava ótima. Macia e saborosa com o molho de sumissô por cima.
A de cebola estava boa também. Mas nada de espetacular. Recomendo pedir duas de berinjela.
Por último chegaram os oniguiris. Pedimos de salmão, okará e umê. Estavam bem gostosos, com uma casquinha crocante por fora porém úmidos por dentro.
Para finalizar, apesar de todos estarem satisfeitos, resolvemos perdir a sobremesa. Havia apenas 2 opções e pedimos o Zenzai, que é um oshiruko mas com os grão de azuki inteiros. Estava bem suave e pouco doce. O moti ao invés de vir cozido, veio grelhado e estava bem gostoso. Mas vale por uma refeição pois a porção é grande (além de ser preparado com arroz e feijão).
Apesar de ser um Izakaya conforme comentado no início do post, ninguém perguntou se queríamos beber algo alcoólico, diferente de outro lugar que visitamos. Além disso, bebemos apenas chá o tempo inteiro e ninguém reclamou. O atendimento foi muito bom no dia da visita.
O ambiente aliado à comida pode ser traduzido como um lugar reconfortante que vale a pena ser visitado.
Preços
Otoshis: R$ 3,00 (por pessoa)
Tan no Sumissô: R$ 19,00 (pequena)
Ika furai: R$ 28,00
Aguedashi tofu: R$ 12,00
Robata berinjela: R$ 3,80
Robata cebola: R$ 3,40
Oniguiri de okará e umê: R$ 3,40
Oniguiri de salmão: R$ 3,80
Zenzai: R$ 9,50
Endereço
Rua Galvão Bueno, 346 - Liberdade
11 3277-2918
Site
Não tem