23 de agosto de 2010

Kabura

Depois de muito tempo conseguimos ir ao Kabura. Eu havia ido há muito tempo e a Denise sempre pedia para ir, mas como a lista de restaurantes a visitar é grande, acabávamos adiando.

Havíamos combinado um encontro com a Yumi e o Zé no Aska, porém as longas filas e atendimento ríspido nos fez mudar de idéia. Após levantar várias opções decidimos ir ao Kabura. Estávamos um pouco receosos devido à última visita a um Izakaya já que o Kabura segue o mesmo estilo.

Chegamos cedo e tivemos que esperar uma vez que o local abre apenas às 19:00hs. Mas a espera foi recompensada por uma ótima comida. A entrada é um pouco sinistra, com uma escada levando até uma porta com uma luz amena. O ambiente faz você pensar que está longe de São Paulo.

Primeiro vieram os otoshis, composto por 4 pequenas entradas. A porção de kimpirá gobô levemente apimentada estava ótima. De todas as entradinhas que normalmente são servidas em alguns restaurantes japoneses, esta é minha preferida.


Havia também um cozido com pequenos pedaços de shitake, daikon, cenoura e tofu preparados no dashi.


Outro que gosto bastante é o de kabotchá. Estava doce e derretendo na boca.


Por fim o de natô com quiabo. Eu não tenho aversão à natô como a Denise e muitas pessoas, mas não é uma coisa que costumo comer. Este até que não estava com o aroma e o sabor muito fortes.


Logo depois passamos para a parte quente. A Yumi estava com vontade de experimentar o Tan no Sumissô desde que viu no blog do Pepino. Nada mais é do que língua de boi fatiada. Nem eu e nem a Denise somos chegados em comidas muito exóticas mas resolvemos ceder aos apelos da Yumi.


A língua é cortada bem fina e parece um rosbife fatiado. O sabor até que é suave, ficando um pouco mais marcante apenas no final. O molho à base de missô com um toque de karashi, ajuda a comer. Gostamos bastante desse molho. Sobre a língua, não é ruim, mas acho que não pediria novamente.

Quase ao mesmo tempo, chegou também a Ika furai. Com uma casquinha crocante e sequinha e a lula super macia, estava ótima.


Logo depois recebemos o Aguedashi Tofu. Este eu já havia comido da última vez e estava com saudade daquele sabor. O tofu frito vem imerso no caldo dashi com katsuobushi, daikon oroshi (nabo ralado) com uma ponta de pimenta por cima e gengibre. Aquele caldo é uma profusão de sabores.


Pedimos também 2 robatas, uma de berinjela e uma de cebola. A de berinjela estava ótima. Macia e saborosa com o molho de sumissô por cima.


A de cebola estava boa também. Mas nada de espetacular. Recomendo pedir duas de berinjela.


Por último chegaram os oniguiris. Pedimos de salmão, okará e umê. Estavam bem gostosos, com uma casquinha crocante por fora porém úmidos por dentro.


Para finalizar, apesar de todos estarem satisfeitos, resolvemos perdir a sobremesa. Havia apenas 2 opções e pedimos o Zenzai, que é um oshiruko mas com os grão de azuki inteiros. Estava bem suave e pouco doce. O moti ao invés de vir cozido, veio grelhado e estava bem gostoso. Mas vale por uma refeição pois a porção é grande (além de ser preparado com arroz e feijão).


Apesar de ser um Izakaya conforme comentado no início do post, ninguém perguntou se queríamos beber algo alcoólico, diferente de outro lugar que visitamos. Além disso, bebemos apenas chá o tempo inteiro e ninguém reclamou. O atendimento foi muito bom no dia da visita.

O ambiente aliado à comida pode ser traduzido como um lugar reconfortante que vale a pena ser visitado.

Preços
Otoshis: R$ 3,00 (por pessoa)
Tan no Sumissô: R$ 19,00 (pequena)
Ika furai: R$ 28,00
Aguedashi tofu: R$ 12,00
Robata berinjela: R$ 3,80
Robata cebola: R$ 3,40
Oniguiri de okará e umê: R$ 3,40
Oniguiri de salmão: R$ 3,80
Zenzai: R$ 9,50

Endereço
Rua Galvão Bueno, 346 - Liberdade
11 3277-2918

Site
Não tem

11 comentários:

Pepino disse...

P:
Eu e a Batata (família tb) adoramos comidas exóticas, e essa língua é pedida certa! Eu particularmente gosto de natô, com shisô, cará ralado, nabo e gema crua =P
Confesso que a única coisa que não tivemos uma boa experiencia foi a parrillada de miudos... rim e intestino de boi grelhados não rolam não!

pepino disse...

P:
pedida certa: para nós
Abs!

Tabeteimasu disse...

E aí Pep's!
Estou até imaginando você no programa "Comidas Exóticas" do Andrew Zimmern...acho que você poderia fazer uma versão brasileira do programa...

Nós não temos um apetite tão exótico assim...rs...miúdos e outras partes estranhas não é com a gente...rs...

Abs,
Carlos

Nilce disse...

Oi, Carlos

Língua nem eu. Socorro!
Muito menos quiabo que muita gente adora, juro que não consigo gostar.
Sabia que Castro é uma das maiores produtoras de kabotchá do Brasil?

Bjs no coração!

Nilce

YumiNaMesa disse...

Olás!
Pra mim estava tudo bom, inclusive a língua! Vocês ainda estão tentando se convencer de que a língua era um rosbife???
O natô estava ótimo!!! Bem gosmento, mas com o sabor bem suave!
Quanto aos robatas, eu gostei mais da cebola... Apesar de adorar berinjela.
Mas o que eu mais gostei foi o aguedashi tofu. Ótima dica sua!
Bjs!
p.s.: boas fotos! ;o)

Elisa no blog disse...

Denise e Carlos,
Acho que fui a esse restaurante anos atrás. Fico admirada que ainda exista. Tem cara de comida caseira do Japão, muito legal.
Quanto à sua pergunta, não me acostumei com carne de carneiro e cabra, não. Aliás tudo tem esse cheiro por lá na Mongólia. Foi duro acostumar. Mas depois de 3 dias nem sentia mais o cheiro.
beijos,
Elisa

Satomi disse...

Nossa...quanta coisa, o legal é que não é caro neh. Achei que a comida japonesa no Brasil era mais cara. O cozido de cenoura, dakon...está parecendo Oden.

Bjokas

Tabeteimasu disse...

Olá Nilce,
Também não sou muito de quiabo. Dependendo do dia até como, mas não é meu prato predileto...rs...
Não sabia que Castro era produtora de kabotchá...eu adoro!

Olá Yumi,
Precisamos voltar para comer a anchova. Acho que você vai gostar também. Espero que as fotos melhorem com o tempo...até me acostumar com os infinitos comandos vai demorar um pouco...rs...

Olá Elisa,
A comida é bem caseira e muito saborosa. Existem muitos restaurantes antigos que ainda existem. Acho que quando você voltar vai se surpreender pois muitos ainda estão lá! Meu pai come carne de cabrito quando vai para o interior, mas eu não gosto não...o cheiro é muito forte...

Olá Satomi,
Existem muitos restaurantes japoneses caros aqui em SP, mas procuramos ir no que tem uma relação custo-benefício melhor. Dá para comer bem sem gastar muito em vários restaurantes.

Bjo,
Carlos

Batata disse...

Nunca pedimos sobremesa lá, na verdade nem sabia que existia. Sempre saímos de lá muito cheios, mas da próxima vez acho que tentarei o oshiruko (eu curto, o pepino nem tanto).

Tabeteimasu disse...

Oi Batata,
Também estávamos satisfeitos mas a gula falou mais alto...Em nosso caso eu gosto do oshiruko, mas a Denise não...

Bah disse...

Ahhhh essas lulas estão com cara ótima... eu sempre acho que porção de lula vem pouco porque minha fome de lula é maior do que o prato rs...

Kisu!

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